quinta-feira, 14 de novembro de 2013

DITÃO E A SELEÇÃO BRASILEIRA

Geraldo de Freitas Nascimento nasceu em 10 de março de 1938.
Quando começou a jogar futebol herdou o apelido Ditão, que nada tinha a ver com seu nome,do pai também chamado Geraldo e foi um dos maiores ídolos da zaga corintiana apesar de boas passagens também pelo Juventus da Mooca e Portuguesa de Desportos.
Ditão tinha um irmão mais novo e menos famoso, Gilberto, que também passou a ser chamado de Ditão, Gilberto chegou ao XV de Piracicaba em junho de 1962, vindo de Botucatu e permaneceu até janeiro de 1964, quando foi negociado com o Flamengo do Rio.
Até ai nada de mais, porém a CBD (Confederação Brasileira de Desportos) antecessora da atual CBF, conseguiu através de suas trapalhadas, que não vem de hoje, eternizar o nome dos irmãos Ditão nos “causos” do futebol.
Era 1966, a copa da Inglaterra já começava com sustos, como o roubo da taça Jules Rimet em Londres, encontrada sete dias depois enterrada no jardim de uma casa em Belauh Hill Norwood.
A preparação da seleção brasileira foi também uma bagunça, o técnico Vicente Feola convocou 47 jogadores para a preparação da copa do mundo, na convocação como um dos dirigentes da CBD achou que havia poucos jogadores do Corinthians na seleção, Feola resolveu convocar Ditão, acontece que na hora de enviar a convocação, a CBD chamou Gilberto, o Ditão do Flamengo, falha só percebida quando este se apresentou para os treinos, com receio de ser ridicularizada a CBD não corrigiu o erro.
Gilberto teve ainda uma passagem pelo Cruzeiro de Belo Horizonte, na época Ditão foi pedir permissão para namorar a jovem Aracy de Carvalho de 18 anos, que era namorada de outro jogador, Walter Bambino ex-América de Minas e que estava se transferindo para o E.C. Bahia.
Contra o fim do namoro da jovem com Bambino, o pai da moça disparou cinco tiros contra Ditão, que escapou da morte por pouco.
Ditão ficou desaparecido por 25 anos, há relatos de que por causa da bebida ficou por bom tempo recluso no vale do amanhecer, uma comunidade religiosa, um lugar místico nos arredores de Brasília e reapareceu em 2006 quando morreu seu irmão Flávio, ex-jogador do Santo André, Saad e Bragantino, segundo seu sobrinho Adilson Filho, Ditão estaria vivendo atualmente no Rio de Janeiro e tem pouco contato com a família, Geraldo o Ditão do Corinthians morreu em 1992 de ataque cardíaco, foi encontrado três dias depois no banheiro da casa onde morava sozinho, os três são irmãos de Adilson ex-jogador de basquete da seleção brasileira.

ÍDOLOS



O XV de Novembro de Piracicaba, meu time do coração completa neste dia 15 de novembro de 2013 o seu centésimo aniversário!
Clube tradicionalíssimo, pioneiro da lei do acesso no futebol e com grande história também no basquete nacional tanto no feminino como no masculino, sendo base de diversas seleções brasileiras, foi defendido com sangue, suor e lágrimas por diversos ídolos, dos quais deixo um breve histórico de seis deles:

Antonio dos Santos (Cardeal): começou no infantil do XV junto com craques como Idiarte, Elias, Adolfinho, Mario Rensi, Rabeca entre outros, estreou no 1° quadro em 1938, tempos depois passou a defender a A.A Sucrerie, Sorocabana F.C e Clube Atlético Piracicabano. Fez parte do time que se tornou o primeiro Campeão profissional do Interior em 1947 e Campeão da Lei do Acesso em 1948, em cinco anos jogando pelo 1° quadro marcou nada menos que 57 gols.
Marlon Tadeu Ferreira (Marlon): é um dos jogadores que mais vestiu a camisa do XV de Piracicaba, com 300 jogos, participou do acesso a A2 em 2010 e foi autor do gol que deu o título de campeão paulista da série A2 de 2011 ao XV levando o de volta a Divisão de Elite do futebol paulista após 16 longos anos. Teve passagens pelas equipes do Cruzeiro de Belo Horizonte, Vasco da Gama (RJ), Ipatinga (MG), Etti Jundiaí (SP), União São João de Araras entre outros.
Delphim Ferreira da Rocha Netto Jornalista, nasceu na cidade de Itu, em 9 de junho de 1913 e faleceu em 23 de agosto de 2003 com 90 anos. No mesmo ano de seu nascimento nasceria o Esporte Clube XV de Novembro de Piracicaba, o clube sobre o qual ele escreveria dois livros, e do qual chegou a ser goleiro, foi uma dos criadores do famoso futebol de botão.
Ademir Carloni (Mika): estreou no XV em 22 de novembro de 1972 vindo do S.C Corinthians Paulista. Pelo alvinegro jogou mais de 240 partidas e conquistou o Torneio “José Ermírio” de 1975, o Vice-Campeão Paulista de 1976 e Vice-Campeão da Segunda Divisão de 1981(atual A2).
Antonio Orlando da Costa (Orlando): Goleiro do XV na década de 50 e 60, fez entre partidas oficiais e amistosas cerca de 170 jogos pela equipe principal do alvinegro numa época que disputava posição com goleiros como Fernandes e Canarinho, foi o 5° goleiro que mais jogou pelo clube e participou da excursão a Bolívia e Europa em 64 quando o XV jogou entre outras equipes, contra as Seleções Nacionais da URSS e Polônia.
Wlamir Marques, o Diabo Loiro: Chegou ao time de basquete do XV no ano de 1955, pelo alvinegro foi campeão dos Jogos Abertos do Interior em 55/57/58, Campeão Paulista de Basquete em 57 e 60(este de forma invicta vencendo a equipe do Sírio na final), em 1957 junto com o XV, representou o Brasil na Argentina em quadrangular contra as Seleções do Uruguai, Buenos Aires e Seleção Portenha, sendo o XV campeão.
Jogando pelo XV foi convocado para a Seleção Brasileira e foi Campeão Mundial de Basquete em 1958 no Chile, Campeão Sul Americano (58) e Campeão da Taça do Atlântico entre outros títulos.