quarta-feira, 22 de abril de 2015

Dia Internacional do Livro



Lembro ainda dos primeiros livros que li, no antigo ginásio nos anos 80 na escola Sud Mennucci, a D. Ana professora de português nos passava a lição, dava-nos o livro que deveria ser lido e no fim do bimestre a prova marcada sobre o mesmo, para comprovar se havíamos mesmo lido e o que tínhamos entendido.
Inicialmente parecia um sacrifício, pois não tínhamos o hábito da leitura e a prova deixava todo mundo em pânico, pois contava pra nota final, numa época que existia reprovação, não tinha a facilidade de hoje que há a aprovação automática!
Com o tempo o que começou como uma obrigação tornou-se prazer, Xisto no Espaço, Férias em Xangri-lá, O Caso da Borboleta Atíria, A Vaca Voadora, A Ilha Perdida, Tonzeca o Calhambeque e o meu predileto, O Gênio do Crime foram alguns dos primeiros livros com os quais me deleitei!
Os anos se passaram e os gostos foram se dilatando, buscando mais e mais assuntos, hoje não consigo ficar sem ler um bom livro, pena que diferentemente de minha época parece que os jovens de hoje não se interessam pela leitura e não há nada que os incentive a isso.
Penso nisso ao saber que dia 23 de abril é comemorado como o Dia Internacional do livro, dia esse que foi instituído inicialmente em 1926 no dia 05 de abril em comemoração a data do nascimento do escritor Miguel de Cervantes e que em 1930 passou para a data atual, que é a data também do falecimento de Cervantes, assim como de William Shakespeare e Josep Pla.
A pessoa que não conhece as delicias da leitura priva se de dar asas a imaginação, viajar a lugares distantes e desconhecidos e conhecer novas palavras e pontos de vistas.
Fico feliz em ter nascido em uma família que sempre incentivou a leitura e por ter pessoas como a D. Ana e outros professores que com carinho e afinco nos deram chance de abrir nossos horizontes através da busca do conhecimento pela leitura!
Infelizmente a leitura é um hábito que não existe nesse país, só em comparação a media de livros no Brasil é de 1,8 livros por ano, enquanto na França, por exemplo, a média é de 12 livros por ano, já a nossa vizinha Argentina tem uma média de 6 livros/ano, isso deveria ser encarado como uma vergonha!
Talvez isso explique um pouco o atraso tecnológico e também falta de mão de obra especializada no mercado e o nosso PIB ridículo, o livro nos faz pensar e onde a cabeça não pensa o corpo padece, já dizia o antigo ditado.