O Meu avô era descendente de austríacos, nascido em Capivari em 1910, conheceu minha avó dona Lina, quando ela tinha 14 para 15 anos e ele por volta de 18.
Meu avô era noivo, estava de casamento marcado, mas ficou muito impressionado por minha avó, já a conhecia de vista, pois na época moravam na grande e progressista Mombuca, que mal tinha duas ruas, conhecidas como rua de baixo e rua de cima, falar para minha avó que ela nasceu em Mombuca só faltava ela te matar, e meu avô adorava provocá-la.
Acontece que meu avô desmarcou o casamento e pediu a mão da minha avó, isso daria naquela época um escândalo enorme, mas ele soube bem conduzir a situação, conversou com o pai de sua ex- noiva, que com pesar aceitou a situação, esperou um mês e foi à casa dos pais de minha avó pedir a sua mão. Por ordem do pai dela, meu bisavô João Crocco, eles só marcaram casamento para dali a um ano, ao contrário do que meu avô queria que era casar rapidamente, mas isso poderia gerar comentários maldosos e assim ele aceitou a espera.
Meu avô que era um rapaz sem estudos, não sabia ler ou escrever e conseguiu trabalho na antiga ferrovia Sorocabana, trabalhando como foguista. Muito esforçado, na primeira oportunidade de promoção para maquinista ele foi indicado por seus superiores, mas para isso, teria que prestar um concurso interno.
Ficou desesperado, pois analfabeto, sem saber ler ou escrever não tinha a menor chance. Minha avó que tinha estudos se comprometeu a ensiná-lo, mas o concurso seria na cidade de São Paulo dentro de pouco mais de dois meses, então nas horas de folga, ao chegar em casa, minha avó aos poucos o foi ensinando.
Qual não foi a surpresa de meu avô, pensando que faria um fiasco, quando um dos seus chefes o chama ao gabinete da estação e brincando (pois sabia das condições de meu avô!), disse “Quem diria em seu Chico, o Sr. me apronta uma dessas”, ele pensou que havia passado uma vergonha danada nas provas, mas não é que passou em primeiro lugar!
Por isso meu avô sempre deu muita importância aos estudos, tanto que dos seus quatro filhos três formaram-se professores, entre eles a minha mãe, e por obra dele, já quando criança eu me interessava em ler jornais e revistas, coisa que meus pais também sempre me incentivaram.
Tudo o que conquistou daí por diante, meu avô conseguiu através do estudo, da procura pelo conhecimento.
Hoje em dia infelizmente essa história é difícil de se ver, parece que os pais se preocupam mais em mandar os filhos pra escola como uma forma de se livrar de um peso do que criar o gosto pelos estudos que podem levar seus filhos a um futuro promissor, será que é esse o caminho?
Meu avô era noivo, estava de casamento marcado, mas ficou muito impressionado por minha avó, já a conhecia de vista, pois na época moravam na grande e progressista Mombuca, que mal tinha duas ruas, conhecidas como rua de baixo e rua de cima, falar para minha avó que ela nasceu em Mombuca só faltava ela te matar, e meu avô adorava provocá-la.
Acontece que meu avô desmarcou o casamento e pediu a mão da minha avó, isso daria naquela época um escândalo enorme, mas ele soube bem conduzir a situação, conversou com o pai de sua ex- noiva, que com pesar aceitou a situação, esperou um mês e foi à casa dos pais de minha avó pedir a sua mão. Por ordem do pai dela, meu bisavô João Crocco, eles só marcaram casamento para dali a um ano, ao contrário do que meu avô queria que era casar rapidamente, mas isso poderia gerar comentários maldosos e assim ele aceitou a espera.
Meu avô que era um rapaz sem estudos, não sabia ler ou escrever e conseguiu trabalho na antiga ferrovia Sorocabana, trabalhando como foguista. Muito esforçado, na primeira oportunidade de promoção para maquinista ele foi indicado por seus superiores, mas para isso, teria que prestar um concurso interno.
Ficou desesperado, pois analfabeto, sem saber ler ou escrever não tinha a menor chance. Minha avó que tinha estudos se comprometeu a ensiná-lo, mas o concurso seria na cidade de São Paulo dentro de pouco mais de dois meses, então nas horas de folga, ao chegar em casa, minha avó aos poucos o foi ensinando.
Qual não foi a surpresa de meu avô, pensando que faria um fiasco, quando um dos seus chefes o chama ao gabinete da estação e brincando (pois sabia das condições de meu avô!), disse “Quem diria em seu Chico, o Sr. me apronta uma dessas”, ele pensou que havia passado uma vergonha danada nas provas, mas não é que passou em primeiro lugar!
Por isso meu avô sempre deu muita importância aos estudos, tanto que dos seus quatro filhos três formaram-se professores, entre eles a minha mãe, e por obra dele, já quando criança eu me interessava em ler jornais e revistas, coisa que meus pais também sempre me incentivaram.
Tudo o que conquistou daí por diante, meu avô conseguiu através do estudo, da procura pelo conhecimento.
Hoje em dia infelizmente essa história é difícil de se ver, parece que os pais se preocupam mais em mandar os filhos pra escola como uma forma de se livrar de um peso do que criar o gosto pelos estudos que podem levar seus filhos a um futuro promissor, será que é esse o caminho?
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