quinta-feira, 14 de agosto de 2014

EMOÇÃO E TRAGÉDIAS



Política

O que falar da tragédia na morte do candidato a presidência Eduardo Campos?
Considerado uma das personalidades que poderia dar novos ares a nossa política tupiniquim, mesmo apesar de anos ocupando cargos de destaque do cenário atual como Ministro nos governos do PT, Governador de Pernambuco e Deputado Federal, mas pelo menos sem nenhum sinal de ver seu nome envolvido em falcatruas o que já era um excelente handicap perante os outros candidatos!
Sua vida ceifada de modo trágico deixa um vazio na esperança de um novo rumo ao país e o campo aberto para que sua candidata a vice, Marina Silva tente novamente surpreender nas eleições presidências da mesma forma que fez na eleição passada. Isso claro caso o PSB não coloque empecilhos a oficializar o seu nome como substituta natural de Eduardo Campos nesse processo.

Esporte

Falando em tragédia o futebol brasileiro continua mostrando que a sua queda diante da Alemanha durante a Copa do Mundo não foi um mero acidente de percurso, agora no Mundial Sub-20 Feminino um novo vexame, apesar de que o futebol feminino sofre com o descaso ha muitos anos, as mulheres são guerreiras sem quartel, não recebem nada e espera se tudo delas.
Já na Copa do Brasil os chamados grandes dão vexame sendo eliminados de forma categórica, quem sabe assim a bendita mídia não cai em si e percebe que dar apenas atenção a eles e tentar acabar com os chamados pequenos é um dos motivos do sucateamento de nosso futebol!

Cinema

Nesta terça-feira dia 12 passado foi lançado o documentário “Nhô Quim- O Caipira Centenário” no SESC em Piracicaba, poucos times têm o privilégio de ter um filme que conte a sua história através de quem fez a história, ou seja, seus ex-jogadores e os apaixonados torcedores!
A reação da platéia nas duas sessões que foram realizadas nesse dia dá a certeza de que foi um trabalho muito bem feito, quase três anos de trabalho pra que esse projeto saísse do papel e acabou ficando divertido, leve e emocionante!
Só de notar nos olhos dos entrevistados a viajem que fizeram no tempo assistindo o filme finalizado já dão uma alegria de dever cumprido, emocionante ver, por exemplo, o ex-goleiro Orlando voltar pra assistir a segunda sessão como se fosse a primeira vez só isso já valeu por tudo, agora vamos aos festivais!!



domingo, 3 de agosto de 2014

REVOLUÇÃO DE 1932 E O FUTEBOL

Com a revolução constitucionalista de 1932, o futebol paulista foi a campo, mas não como estamos acostumados a ver, o campo propriamente dito é o de batalha, as trincheiras, ficando esquecido o chamado esporte bretão pelos três meses que se estenderam as batalhas entre o Estado Paulista e as tropas da Federação.
Jogadores de renome como o grande Arthur Friedenreich tornaram-se combatentes e mostraram sua bravura. O próprio El Tigre acabou sendo promovido a 2° tenente do 1° batalhão esportivo pela bravura e brilhante atuação nos combates.
Em Piracicaba também, vários jogadores do XV e outros clubes da cidade foram a luta, como Chico Godói, Antonio Leme, Geraldo Toledo, Venerando Ribeiro do Valle, Petrônio Beluca entre outros.
No dia 17 de setembro de 1932 a diretoria do XV se reuniu e decidiu entregar ao MMDC todo o seu acervo de taças, bronzes, estatuetas, etc, para a campanha ouro para São Paulo, que tinha como finalidade prover as tropas paulistas na luta constitucionalista.
Foi uma época de temor e tristeza, mas também de heroísmo desses paulistas que lutaram e deram a vida pela legalidade de um país, mas houve também histórias com finais felizes, como a relatada no livro “A história do XV” do jornalista Rocha Netto, falando do esportista piracicabano Zé Torresmo que aqui transcrevo:
“No dia 29 de outubro Zé Torresmo, de regresso da Ilha das Flores, onde estava como prisioneiro de guerra, foi homenageado pelos seus amigos e familiares. Um pouco mais gordo, Zé Torresmo contava suas proezas na linha de frente e informava que precisava fazer um regime para voltar a pratica do futebol.”
Zé Torresmo era irmão de Moacir de Moraes, jogador Campeão do Interior de 1931 pelo XV e um dos técnicos do alvinegro na lendária conquista do título de 1° Campeão da Lei do Acesso em 1948.
 

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

PIRACICABA



Seguindo as ordens do governador da Capitania de São Paulo, D. Luiz de Antonio de Souza e Mourão, o Capitão Antonio Correia Barbosa funda oficialmente a Povoação de Piracicaba em 01 de agosto de 1767.
Hoje 247 anos depois, Piracicaba passou por muitas mudanças, algumas pra melhor, outras nem tanto!
Cidade que já foi conhecida por Atenas Paulista pela quantidade de intelectuais que daqui saíram como Sud Mennucci, Thales Castanho de Andrade, Léo Vaz, Mario Neme, Leandro Guerrini entre outros e depois em decadência na década de 80 passou a ser chamada de Amsterdam Paulista em decorrência do tráfico de drogas, Piracicaba é uma cidade de altos e baixos.
Ainda hoje nas ruas vemos a problemática das drogas e o abandono do poder público com o município, saúde em estado de caos, educação de péssima qualidade (como em todo o Brasil, diga se de passagem), segurança inexistente, o nosso rio morrendo aos poucos...
O transito então nem é bom comentar, alguns engenheiros de trânsito da cidade deveriam ter seus diplomas cassados por incompetência, apesar de que isso é decorrente em todas as cidades grandes desse país, projetos são feitos para melhorar o fluxo de carros, mas o resultado é sempre o contrário, piora gradativa.
Isso sem falar na completa falta de educação de nossos motoristas, a falta de educação no trânsito e a ignorância de um povo que se mata nas ruas por nada, ô povinho estressado!!
Mas ainda assim Piracicaba é uma cidade fantástica, difícil descrever o sentimento de quem nasceu aqui ou quem veio de longe e adotou a cidade como sua. Eu tive a oportunidade de morar fora por uns tempos, quando voltei comecei a ver com muito mais nitidez os problemas, mas também as virtudes de ser Piracicabano.
A ESALQ, o XV, o Rio Piracicaba e a Rua do Porto são motivos de orgulho e paixão, paixão que não tem explicação, quem não conhece não entende, quem conhece se rende aos encantos e isso sem falar no nosso dialeto, o dialeto Caipiracicabano como diz o nosso grande jornalista e escritor Cecílio Elias Netto.
Poucas cidades têm o seu linguajar, a sua fala reconhecida em qualquer canto desse país e nós temos esse privilégio, alguns têm vergonha, acreditam que ser caipira é um desdouro, um insulto ou motivo de chacota, mal sabem eles que é um orgulho.
Ser caipira é ser autêntico, ser expoente de uma cultura, a cultura das coisas boas da roça, de uma qualidade de vida que hoje faz muita falta no nosso mundo. Eu sou caipira, caipira com orgulho, Caipiracicabano.
Parabéns Piracicaba!!